Já estava na hora. A plataforma bem composta. Temperatura razoável. Humidade em decrescendo da noite. Vento de Nordeste. Metro e meio na Costa e
E aí vem ele, o comboio suburbano Fertagus oriundo de Coina e com destino a Roma-Areeiro vai entrar na linha número quatro. Não é bem assim, se fosse tinha de colocar aspas. E teria de fazer aquela voz formal que tanto me irrita. É agora é agora...já está. Que saborosos cinco segundos. Em que o comboio passa a alta velocidade, eu fecho os olhos, espero que o vento me lave a cara e ganho um sorriso por mais uns minutos. E vejam bem, é grátis, não se paga nada. Pelo sorriso. Pela brisa? Aqueles vinte e cinco cêntimos a mais que sobressaem dos vinte e cinco euros não são do IVA.
Os cabelos voam, os cigarros apagam-se e a portas abrem-se. Pode seguir viagem que o sol já está à minha espera na ponta para desejar um bom dia.
Cinco segundos, vinte e cinco cêntimos, mas pagos com gosto. Até logo.
PS: Nem se atrevam a dizer que a brisa do metro é melhor.
Miguel Branco
um dia quero encontrar um homem como tu! e.. claro... claro que é um grande elogio.
ResponderEliminarjá te tinha dito, mas... adoro estas tuas flexões no tipo de texto!
ResponderEliminara brisa do comboio para Praga(l) é bem melhor :)
ResponderEliminarinês*
ResponderEliminar