Calma. Ele está a bater muito depressa.
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Onde vais tu deambulando por esses planaltos já visitados e por essas pedreiras de cores asfixiantes? O que procuras nessa natureza que esmaga pensamentos e corrói criatividade? Porque queres fazer uma tempestade com as próprias mãos e erguer um tornado que absorva os dois hemisférios?
E não queres ser culpado. Não queres que ninguém fique para te apontar o dedo. Sobram telhas em trezentos pedaços, sinais de trânsito amachucados, carros sem direcção.
Querias o ostracismo global e o que seria de ti? Serias o único Adão, no teu personalizado jardim de éden, onde as cinzas reinavam e o cheiro dos cadáveres te ia queimando o desejo de viver. Eras já parte da vegetação, o teu sangue ia arrefecendo e eras nativo daquele local. Que é feito da tua linguagem e forma de comunicação humana?
Perdeste os poderes. E os olhos abriram lentamente.
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Calma. Já expeli a minha angústia. Ele voltou ao ritmo normal.
Miguel Branco
branquinho, acho que a tua escrita está aos poucos e poucos a ficar cada vez mais interessante. estou a gostar de ver :)
ResponderEliminarbeijinho grande
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarPodia ver milhares de textos, de milhares de pessoas diferentes. Saberia sempre quais eram os teus. Isto basta.
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