16/09/10

Aproximar

Que sensação esquisita. Não sei bem o que sinto, e eu acho que sei sempre o que sinto, mesmo que não o saiba. Procura algo distinto num destes cantos da sala, mas se não vejo abajures tortos e infelizes, vejo peças artesanais que outrora me davam alento. E ver não me chega, nunca chegou. Preciso de estabelecer uma conexão, por mais idiota e ridícula que seja. E não, não é ver para além do que os olhos vêem, porque de facto são eles que o fazem, seja de uma forma mais superficial ou mais profunda. Viajando nas partículas com nomes químicos e microscópicos cujas suas fórmulas fazem doer a cabeça, vou-me aproximando. Muito lentamente. É assim que vou colocando etiquetas, de olhos vendados, são nomes próprios, próprios de minha autoria e não de um grupo de substantivos próprios. Com letra grande, como dizem as crianças. Todos vemos com dois olhos, todos sabemos ser observadores, todos temos uma maneira diferente de nos aproximar. Sim, aproximar. Porém, sem conseguir entender.

Eu não disse que achava que sabia sempre aquilo que sentia?

Miguel Branco

3 comentários:

  1. ainda bem que não sabes sempre, às vezes a piada está no ir descobrindo ;)

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  2. sublinho o que disse a Cátia. bom texto como sempre ;)

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  3. ahahah tens razao, culpa minha. a mensagem enviada a catia deveria ter sido dita ao megafone la para 5ª feira e pedir um aplauso de pe aos trajados, mas faltaram me os tomates. mas sim, o objectivo das praxes foi conseguido (: aproveito para te desejar um bom ano.

    jogas andebol onde?

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