11/12/12

Não conta

Há quanto tempo. Não espreitava para dentro de mim. Mas estou normal: tipicamente desnorteado. Sem previsões para a ementa do lanche, nem se sexta dou um salto ao cais. As divergências como cartaz de não orgulho, de rejeição. Achava que quem não trazia complicações dormia em encosto de acalmia. Mas conta mais o que não é visto, aquilo que não se quis ler, porque amanhã bem cedo há que ir trabalhar. O desvio de olhares, fixados nos pecados, já que o futuro está por aí e carrega uma tempestade de vivências. É a irresponsabilidade e arrogância juvenil, que derruba qualquer resistente e castiga quem se julga livre. Há quanto tempo não te via querida incompreensão. Ou é da minha vista ou estás mais gorda.



Miguel Branco